Eles estão por aí!
Escrito por Luis Ricardo Geddo
Desde o início da era moderna da pesquisa ufológica, a partir de 1947, a quantidade de avistamentos de objetos voadores estranhos e não-identificados no céu tem sido muito grande. Se estimarmos as ocorrências não relatadas, aliadas ao fato de que a maioria delas acontecem durante a noite, chegaríamos a um cálculo surpreendente, podendo atingir, sem exageros, a casa dos milhões.
Para os que procuram uma explicação física para o fenômeno ufológico, esse cálculo pode parecer absurdo. Mesmo sendo opinião geral de que outros sistemas, em nossa galáxia ou em outros pontos do universo, sejam capazes de abrigar vida, e que uma parcela dela estaria a milhares ou milhões de anos à nossa frente, ainda que considerando a velocidade da luz como finita, isto nos levaria a implicações bastante interessantes.
Se imaginarmos que uma espaçonave do sistema solar mais próximo ao nosso – Alfa do Centauro – pudesse atingir a impressionante velocidade de 112 milhões de quilômetros por hora, seria necessário quase um século para uma viagem de ida e volta à Terra. Some-se a isso, a suposição de que haja um planeta que abrigue uma civilização avançada orbitando ao redor dessa mesma estrela Alfa do Centauro, e que consiga construir espaçonaves capazes de viajar a essa velocidade. Portanto, mesmo que exista vida inteligente relativamente próxima de nós e admitindo-se que estes seres vivam por longos períodos de tempo, talvez séculos, isto não tornaria uma viagem dessas fácil.
Colocando a situação de uma outra forma, imaginemos que exista um milhão de outras civilizações na galáxia e que todas sejam capazes de lançar naves ao espaço exterior. Como devem haver alguns bilhões de lugares que despertam o interesse e possam ser visitados, isto nos levaria a supor que cada civilização precisaria lançar milhares de astronaves por ano e, mesmo assim, apenas uma chegaria até nós anualmente. Se cada civilização lançar um número de espaçonaves tão grande quanto esse, seríamos visitados somente uma vez a cada dez mil anos.
Alta velocidade
São improbabilidades numéricas como essas que afastam os céticos daqueles que crêem na existência dos OVNIs. Além disso, outro fator em que se apoiam os que negam a existência deles é a extrema velocidade e surpreendente capacidade de manobra desses veículos espaciais, cuja concepção e desenvolvimento iria requerer, de acordo com os mais descrentes, um nível tecnológico muito superior, em todos os níveis, ao alcançado atualmente na Terra.
Tanto a incrível velocidade dos OVNI´s quanto a capacidade de manobra ainda são tidas como incompreensíveis para nossa tecnologia convencional e estão detalhadamente documentadas. Testemunhas fidedignas relatam velocidades em nossa atmosfera de até 28 mil quilômetros por hora, além de acelerações e desacelerações elevadíssimas. Essas testemunhas também falam de manobras em ângulo reto e inversões bruscas de rumo em velocidades nunca vistas.
Quanto aos sistemas de propulsão dessas espaçonaves, algumas parecem utilizar algo semelhante aos nossos motores à reação, como os dos foguetes, enquanto outras empregam métodos de propulsão que ainda não teriam sido possíveis determinar.
A ufologia transcende, e muito, nossos conceitos de realidade, além de nossas concepções filosóficas, científicas e religiosas. Somente um observador atento e aberto a novas possibilidades poderá pesquisar e aceitar conceitos nunca antes imaginados de outras realidades, como supõe a física quântica. Com naves espaciais, veículos de outras dimensões, máquinas do tempo ou seja lá o que for, eles estão por aí, e ao que parece, são bastante indiferentes aos ceticismos, descréditos, controvérsias, preconceitos ou mistificações.
Conhecemos apenas uma pequena parcela da grande variedade de formas incríveis que já foram observadas em nossos céus ou na proximidade da órbita terrestre. Objetos de formato indefinido ou variável, sólidos ou semi-materiais são também os mais frequentemente observados.
Publicado na Revista Cristã de Espiritismo - ed. 36.
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