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Como chegamos a construir nossos pensamentos e como sentirmos a verdadeira natureza do ser, que é simplesmente ser o que é?

Passamos por tantas escolas filosóficas, espaços esotéricos, cursos e workshops sobre diversos temas..., pois acreditamos que quanto mais conhecimento, mais poderemos esclarecer nossas mentes sobre a busca da verdade e, com isso, nos sentir mais confortados e consolados. Queremos preencher vazios, sustentar dogmas, construir paradigmas para, no final, ainda assim, continuarmos a sentir que falta “algo”, ou seja, que estamos incompletos. Mas, na verdade, o que realmente nos falta? Por que não nos sentimos completos? Por que estamos sempre desolados, inseguros e desconfiados? E essa verdade? O que ela representa? Por que nossos pensamentos não param? Como construímos a nossa realidade? Qual o início de tudo e qual o término desse tudo? Existe certo e errado... ou o que funciona para você? Essas e outras perguntas, para os mais despertos, sempre vêm à tona nos momentos reflexivos.

Quero compreender, com você, como chegamos a construir nossos pensamentos e, principalmente, como fazê-los cessar, para sentirmos a verdadeira natureza do ser, que é simplesmente ser o que é.

Sabemos que é difícil pararmos de pensar, ainda mais diante de tantas atribulações dos nossos dias. Mas não é impossível. Busquei por muitos anos técnicas para compreender melhor minha mente e meus pensamentos e, com isso, tive a chance de conhecer e praticar a meditação. Estudei diversos conceitos até me aproximar e construir a melhor técnica que se encaixava na minha maneira de ser e sentir. Mas para isso tive que estudar a construção do nosso pensamento, para, assim, poder compreender as técnicas e meditar.

Em primeiro lugar, acho interessante relembrá-los sobre o porquê da manifestação do pensamento, contido no meu segundo livro, Projeção Astral, o despertar da Consciência, onde especulo a possibilidade de existirmos como extensões de um Poder Criador Maior, manifestando e criando nossos corpos, através de carências emocionais, até chegarmos ao plano material com o corpo físico. Para isso, tivemos que existir no tempo.

A percepção do tempo é uma percepção emocional. Construímos o tempo porque temos a carência de manifestar nossas ações e reações emocionais, algo conhecido como karma. Uma das formas de entendermos o karma seria vê-lo como tudo aquilo que, como espíritos, não conseguimos vivenciar no plano espiritual e, com isso, precisamos viver no mundo físico. Essa percepção do tempo é uma percepção ligada à evidenciação das necessidades de experiências. 

Assim, construímos a percepção do tempo pelas ansiedades emocionais. E por que percebemos o tempo de maneira diferente um do outro? Para alguns, o tempo passa depressa demais, e, para outros, devagar. Por quê? Porque as carências emocionais, ou seja, o karma de um é diferente do karma do outro.

Nossas emoções têm lentes de aumento seletivo. E o papel da nossa aura é filtrar o que entra no campo energético, onde são gravadas e projetadas nossas experiências emocionais. Portanto, nosso “RG espiritual”, a aura, filtra o nosso mundo. E “sentir” o tempo provoca diferentes percepções na nossa ligação com o exterior, por conta das lentes de aumento distribuídas pelas emoções. Dessa forma, a percepção do tempo de cada um varia conforme sua ordem ou desordem emocional.

Incorporamos ao plano físico não só o tempo, mas a percepção de um passado, presente e futuro. Construímos um movimento no espaço e no tempo. O passado, presente e o futuro pertencem a um contexto de evolução no tempo neurológico, fisiológico e biológico. Mas e o psicológico? Este estaria no tempo mental? Me parece que não existe evolução psicológica, se pensarmos em termos de não localidade no tempo. Nos preocupamos com o futuro e perdemos a chance do agora. Seria essa percepção “psicológica” que digo estar sempre no agora, desde que consigamos eliminar o tempo no passado e no futuro, pois só existe o presente. E isso conseguimos perceber através da prática da meditação. 

A finalidade da meditação

E qual seria a finalidade de “eliminarmos” o tempo e o pensamento? Qual a finalidade de meditarmos?

A humanidade pensa em termos de evolução, de continuidade. Claro, existe a evolução no tempo, se pensarmos em termos físicos. Por exemplo, um cérebro demora milhões de anos para ser aperfeiçoado. O que quero dizer, é que não precisamos de tempo para transcender a mente.

Segundo Krishinamurti, filósofo, escritor e educador indiano, o “eu” é todo o movimento causado pelo pensamento. O “eu” é a consciência, a minha consciência, o meu nome, minha forma e todas as experiências com lembranças que eu tiver e assim por diante. Toda a estrutura do “eu” é criada pelo pensamento. O “eu” não é independente do pensamento. Toda a sensação do “eu” se origina do pensamento, que não é considerado como uma coisa meramente intelectual. Ele é o movimento da experiência, do conhecimento e da memória. E qualquer ação que acontece dependendo e vindo do pensamento é limitada e, com isso, gera o conflito. E é esse conflito que leva a humanidade a se dividir geograficamente, por exemplo, em ter nacionalidades, religiões, etc.

Estamos atrás de segurança e as próprias divisões geram inseguranças. Pensamos limitadamente que estamos do lado certo. E quando vemos outros lados, queremos ir para lá para obter mais segurança. Definimos uma área como segura sem saber que existe outra forma de segurança.  Preferimos viver trocando de um lugar para o outro ou de uma escolha para outra. Com isso, acabamos sentindo que somos limitados porque o nosso pensamento é limitado. O “eu” é quem separa, é egoísta, pois não sabemos que estamos todos ligados e interconectados.

A questão é: ou contribuímos com a humanidade, aceitando o grande desafio que a natureza hoje nos impõe, de interagirmos uns com os outros, sendo mais compassivos, ou ficamos fora dela. Ficamos em “pedações” ou ficamos completos. E você, o que escolhe?

Não somos diferentes uns dos outros, nem iguais, mas equivalentes nos aspectos medo, insegurança, solidão, luta humana, angústia, tristeza, insatisfação, que são sensações básicas da humanidade. Nos diferenciamos nos aspectos intelecto, profissão, grau de inteligência, classe social, religião, política, cultural, língua e etc.

Aproximação energética

No aspecto “energia”, estamos passando por uma situação comum a todos na humanidade. Segundo mensagens de alguns seres iluminados desencarnados e de pessoas encarnadas espiritualistas que estão conectadas a essa sintonia, desde o dia 21 de dezembro de 2012 houve uma sutilização de nossas energias como um todo. Não só a energia dos seres, como a energia do próprio planeta. E esse momento foi e continua sendo muito importante para a história da Terra e para a humanidade. Segundo esses “amigos”, essa data, nunca foi motivo de catástrofes mundiais, mas, sim, de mudanças de energia, que, consequentemente, acabariam por definir os tipos de relações, experiências e escolhas entre as criaturas inteligentes.

Nos foi passado que desde o final de 2012 o plano físico estaria mais próximo do plano espiritual e como sabemos, o plano espiritual mais próximo é o mais denso energeticamente falando, conhecido como “zona umbralina”, com suas desordens emocionais construídas pelos próprios seres desencarnados que ali vivenciam suas emoções. Estando o plano físico mais próximo do espiritual, nós, que estamos encarnados, sentimos com mais frequência as emoções, vibrações e energias do plano mais denso à nossa volta, por estarmos mais sensíveis energeticamente. Hoje estamos sentindo muito mais rápido as emoções e energias das pessoas que compartilhamos espaços e sintonias. Sentimos a energia dos ambientes negativos com muito mais rapidez do que antes dessa data.

Como fazermos parte dessa nova maneira de vida sem nos afetarmos? Pois se estamos sentindo com mais sensibilidade e rapidez, estamos também somatizando muito mais rápido essas desordens emocionais nos corpos físicos. E nessa somatização, nossos corpos fazem a leitura como possíveis doenças.

Podem reparar que, neste ano, as pessoas que são mais desequilibradas emocionalmente estão piores, surtando, sendo levadas a tomar comprimidos para ficarem mais calmas, ao passo que, as mais ordenadas estão mais próximas de despertarem para a paz interna. Digo despertarem no aspecto de estarem mais próximas da ordem, do equilíbrio, da serenidade, da saúde mental, psicológica e física.

E, mesmo assim, não podemos, com isso, nos alienar e nos enclausurarmos nas “cavernas”, nos distanciando dos outros ou dos ambientes por puro medo de somatizar energias e desordens emocionais. Esse é o momento de despertar para a humanidade e para o planeta.

A natureza agora nos colocou num ambiente onde teremos que nos relacionar diretamente com as trocas energéticas pessoais. É o momento de fazer escolhas mais sensatas baseadas na autopercepção, tentando observar as sensações que essas trocas nos causam, e a partir daí, decidirmos quais escolhas devemos fazer: sermos impulsivos e reativos ou observadores e reflexivos ante a uma resposta?

Fica a dica para repensarmos se estamos sendo responsáveis pelas atitudes ou vulneráveis às energias alheias. E para isso, uma das melhores ferramentas para essa nova realidade é uma boa prática de meditação para iniciar essa busca de autopercepção. Paz e Luz em seus corações!

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