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Detalhes: Categoria: Espiritismo | Acessos: 8844

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Desde a descoberta da foto Kirlian, surgiram muitas especulações sobre a validade da técnica. Muitos acreditavam que se tratava da foto da aura, mas pesquisas mais aprofundadas sugerem que o processo capta apenas a emanação energética produzida pelo corpo: o campo bioeletromagnético. 

Com a metodologia de análise científica atual ainda não é possível termos uma resposta conclusiva, mas como ressalta Allan Kardec no primeiro capítulo de A Gênese: "As descobertas da ciência glorificam Deus, em lugar de o rebaixar, elas não destroem senão o que os homens edificaram sobre ideias falsas que eles fizeram de Deus".

 

No caso da foto Kirlian, apesar do receio sobre as interpretações equivocadas, muitos avanços têm ocorrido na área. Em 1999, o Ministério da Saúde da Rússia reconheceu oficialmente a Kirliangrafia como um estudo científico, capaz de auxiliar médicos e psicólogos na identificação de problemas de saúde. A técnica foi incorporada também ao cronograma de disciplinas curriculares do curso de terapias naturais e holísticas de algumas universidades brasileiras. Além disso, as máquinas de hoje estão muito mais avançadas que os primeiros modelos.

Quanto à invenção da máquina Kirlian, existem divergências de dados. Até pouco tempo atrás, pensava-se que o processo havia sido descoberto acidentalmente pelo eletrotecno soviético Semyon Davidovich Kirlian, quando fazia reparos em um aparelho de eletroterapia e percebeu que objetos próximos ao gerador de alta frequência produziam uma irradiação luminosa ao seu redor. A partir do ano 2000, o padre e físico brasileiro, Roberto Landell de Moura, foi reconhecido internacionalmente como o inventor da Máquina Bioeletrográfica (nomenclatura atual atribuída a Kirliangrafia), por ter sido o primeiro a realizar pesquisas científicas, em 1904, principalmente na área da saúde. Mas por motivos doutrinários na época, a Igreja Católica não permitiu que ele prosseguisse em suas pesquisas. Tempos depois, o russo Semyon Davidovich Kirlian reinventou o processo, em 1939, e acabou recebendo as glórias do experimento.

Com o passar dos anos o processo evoluiu, principalmente após 1995, com a descoberta do cientista Konstantin Korotkov, que fabricou uma máquina capaz de colocar a imagem diretamente na tela do computador através de um sistema óptico, sem a necessidade de filme fotográfico.

Kirliangrafia e saúde

O professor de física e vice-presidente da UIMBA (União Internacional de Medicina e Bioeletrografia Aplicada), Newton Milhomens, relata que ao energizar a placa metálica da Máquina Kirlian com o dedo polegar, ocorrem dois tipos de descargas elétricas através dos poros digitais. "Conforme seja a composição química desses gases e vapores exalados e ionizados por essas descargas elétricas, surgem as diversas cores e estruturas nas fotos Kirlian", explica. Ele afirma que o aparelho consegue registrar os gases ou vapores produzidos pelo metabolismo celular. Isso ocorre porque conforme a composição química desses gases que são exalados pelo corpo, registram-se diversas cores e estruturas geométricas, tornando possível verificar o estado de saúde orgânica e psíquica da pessoa. O efeito Kirlian consegue fotografar a ionização dos gases emitidos pelos poros da pele. A escolha do dedo indicador como processo de leitura na foto, de acordo com o físico, baseia-se nos fundamentos da acupuntura chinesa e da reflexologia, que utilizam os dedos dos pés e das mãos como indicadores dos órgãos humanos. As cores e estruturas que aparecem permitem ao profissional capacitado interpretar os possíveis problemas de saúde.


Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 39. Ao usar o texto, favor citar o autor e a fonte.